domingo, 7 de março de 2010

DENGUE CLÁSSICA:



Depois da picada do mosquito, os sintomas se manifestam entre três e quinze dias, mas em média de cinco a seis dias. Só depois desse período que os seguintes sintomas aparecem:

DENGUE CLÁSSICA:

Febre alta com início súbito;
Forte dor de cabeça;
Dor atrás dos olhos, que piora com o movimento dos mesmos;
Perda do paladar e apetite;
Manchas e erupções na pele semelhantes ao sarampo, principalmente no tórax e membros superiores;
Náuseas e vômitos;
Tonturas;
Extremo cansaço;
Moleza e dor no corpo;
Muitas dores nos ossos e articulações.


Dengue clássica

Caracteristicamente, a enfermidade manifesta-se com febre de início súbito, cefaleia, dor retroorbital, mialgias, artralgias, astenia e prostração. Manifestações gastrintestinais, como náuseas, vômitos e diarreias, podem ocorrer, assim como linfadenopatias. A febre persiste, em média, por cinco a sete dias.
O quadro clínico na criança, na maioria das vezes, apresenta-se como uma síndrome febril com sinais e sintomas inespecíficos, como apatia ou sonolência, recusa da alimentação, vômitos, diarreia ou fezes amolecidas. Nos menores de dois anos de idade, os sintomas cefaleia, mialgias e artralgias podem manifestar-se por choro persistente, adinamia, irritabilidade, geralmente com ausência de manifestações respiratórias, podendo confundir-se com outros quadros infecciosos febris próprios dessa faixa etária.
Enxantema maculopapular ou morbiliforme pode aparecer tanto nas primeiras 24 horas do período febril, quanto no período de defervescência, ou mesmo imediatamente após o desaparecimento deste; após a remissão do exantema, pode surgir prurido palmo plantar.
Paralelamente à diminuição da febre podem aparecer petéquias nos membros inferiores e, menos frequentemente, nas axilas, punhos, dedos e palato.
Em 5% a 30% (cinco a trinta por cento) dos casos podem ocorrer manifestações hemorrágicas, principalmente gengivorragia, petéquias, epistaxe ou metrorragia e, mais raramente, hematêmese e hematúria, tornando importante a diferenciação desses casos de dengue clássico com complicações hemorrágicas daqueles casos de FHD. Não podemos esquecer que, na criança, o quadro clínico de dengue com manifestações hemorrágicas, como a hematêmese e a melena, pode passar despercebido.



Sem dúvida, as técnicas de diagnóstico sorológico são os mais utilizados internacionalmente, em especial aqueles destinados a determinar a imunoglobulina M específica do dengue (IgM) e imunoglobulina G (IgG), por meio do método de ELISA ou outros. O estudo para detecção de IgM não deve ser prescrito antes do dia 5, ou de preferência deve ser prescrito a partir de dia 6. Este estudo, portanto, não constitui um auxílio para o médico assistente para decidir sobre os procedimentos, desde o estado do paciente podem agravar a partir de 3 dias ou 4 dias. No entanto, é importante para determinar os estudos sorológicos, os resultados de laboratório paracompletar o tripé diagnóstico, juntamente com a clínica ea epidemiologia. Os testes laboratoriais para identificar antígenos virais, especialmente para identificar algumas das proteínas não estruturais do vírus da dengue, já existem (determinação de antígenos NS1) e estão em processo de validação e implementação. Eles são especialmente úteis durante os primeiros quatro dias da fase febril da doença.




Critérios laboratoriais para a confirmação do diagnóstico (WHO, 1997)
Os critérios laboratoriais para a confirmação do diagnóstico são os seguintes (pelo menos um deles deve estar presente):
  • Isolamento do vírus da dengue a partir do soro, o plasma, os leucócitos ou as amostras de autópsia;
  • Verificação de um aumento de 4 vezes nos títulos recíprocos de anticorpos IgG e IgM contra um ou vários antígenos do vírus dengue em amostras de soro de correspondência;
  • Demonstração do antígeno do vírus da dengue em tecidos de necropsia, por meio de imunoquímica ou testes de imunofluorescência, ou em amostras de soro por meio de técnicas de imunoensaio.
  • Detecção de seqüências genômicas virais no tecido da autópsia, o soro ou amostras de líquido cefalorraquidiano pela reação em cadeia da polimerase (PCR).
Apesar de não ser considerada como um diagnóstico de confirmação, a elevação da IgM específicos da dengue, a partir do dia 6 da doença, contribui para o diagnóstico do caso clínico e vigilância epidemiológica.




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