DENGUE:
Exames inespecíficos:
(1) para o dengue clássico: hemograma: a leucopenia é um achado usual, embora possa ocorrer leucocitose. Pode estar presente linfócitos com atipia linfocitária. A trombocitopenia (contagem de plaquetas abaixo de 100.000/mm3) é observada ocasionalmente.
(2) para a febre hemorrágica do dengue (FHD): hemograma: a contagem dos leucócitos é variável, podendo ocorrer desde leucopenia até leucocitose leve. A linfocitose com atipia linfocitária é um achado comum. Destaca-se a concentração de hematócrito e a trombocitopenia (contagem de plaquetas abaixo de 100.000/mm3);
coagulograma: aumento nos tempos de protombina, tromboplastina parcial, e trombina. Diminuição de fibrinogênio, protrombina, fator VIII, fator XII, antitrombina e antiplasmina e bioquímica: diminuição da albumina no sangue, albuminúria e discreto aumento dos testes de função hepática.
coagulograma: aumento nos tempos de protombina, tromboplastina parcial, e trombina. Diminuição de fibrinogênio, protrombina, fator VIII, fator XII, antitrombina e antiplasmina e bioquímica: diminuição da albumina no sangue, albuminúria e discreto aumento dos testes de função hepática.
Diagnósticos diferenciais:
(1) para o dengue clássico: considerando que o dengue tem um amplo espectro clínico, as principais doenças a serem consideradas no diagnóstico diferencial são gripe, rubéola, sarampo. Em novo balanço divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde no começo da noite de quarta (26), o Rio de Janeiro já contabiliza 41.978 casos notificados de dengue desde janeiro, com 54 mortes confirmadas, 20 delas por dengue hemorrágica. A Secretaria ainda investiga a morte de outras 60 pessoas, 50 delas somente no município do Rio.
(2) para a febre hemorrágica do dengue (FHD): no início da fase febril, o diagnóstico diferencial deve ser feito com outras infecções virais e bacterianas e a partir do terceiro ou quarto dia, com o choque endotóxico decorrente da infecção bacteriana ou meningococcemia. As doenças a serem consideradas são: leptospirose, febre amarela, malária, hepatite infecciosa, influenza, bem como outras febres hemorrágicas transmitidas por mosquitos ou carrapatos.
Diagnóstico laboratorial: a comprovação laboratorial das infecções pelo vírus do dengue faz-se pelo isolamento do agente ou pelo emprego de métodos sorológicos que demonstram a presença de anticorpos da classe IgM em uma única amostra de soro, ou o aumento do título de anticorpos IgG em amostras pareadas (conversão sorológica).
Isolamento: é um método mais específico para determinação do arbovírus responsável pela infecção. É realizado em amostras selecionadas, colhidas até o quinto dia de doença, pela inoculação em culturas de células de Aedes albopictus (C6/36). A confirmação do isolamento é feita por imunofluorescência direta com conjugado anti-flavivírus. Dos casos positivos, é feita a tipagem do vírus por imunofluorescência indireta com anticorpos monoclonais de tipos específicos.
Sorologia: os testes sorológicos complementam o isolamento do vírus ou, quando isso não é possível servem como um meio alternativo de diagnóstico. Existem várias técnicas que podem ser utilizadas no diagnóstico sorológico dos vírus do dengue, incluindo os de inibição de hemaglutinação (HI - Clarke & Casals, utilizando-se uma bateria com 6 flavivírus, 1 alphavírus e 1 bunyavírus), fixação de complemento (FC), neutralização (N) e ELISA de captura de IgM (Mac-ELISA, desenvolvido pelo CDC de Porto Rico). Os três primeiros exigem amostras pareadas de soro de casos suspeitos e a confirmação é demorada.
A Mac-ELISA é o exame mais útil e rápido para a vigilância, porque requer somente uma amostra de soro na maioria dos casos e o exame é simples e rápido. Baseia-se na detecção de anticorpos IgM específicos aos quatro subtipos do vírus do dengue. O anticorpo IgM anti-dengue se desenvolve rapidamente: após o quinto dia do início da doença. Na maioria dos casos, tanto nas - primo infecções quanto nas reinfecções, os anticorpos IgM são detectáveis.
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